sábado, 2 de agosto de 2014

Prostituição

Qualquer opinião sobre qualquer assunto depende de informações obtidas de forma direta com a experiência pessoal ou indireta pela leitura, conversas com amigos e pela mídia. Por esse motivo, nós, leitores pessoas com acesso à Internet em áreas urbanas, ficamos limitados a compreender dimensões ocultas de nossa realidade. Não conhecemos o que acontece no submundo do crime organizado. Não temos contato com a “puta pobre de beira de estrada”. Não bastasse essa limitação de desconhecermos o fundo do poço, a mídia também não ajuda a captar essa faceta importante da realidade. Tanto a mídia tradicional dos filmes, contos, novelas e seriados como a nova mídia como o Twitter repetem a mesma história: a prostituta é linda, desejada, invejada e vive seus dramas – que garantem a audiência e geram aproximação com a platéia. Essas prostitutas de luxo existem? Claro. Viajam bastante, possuem legiões de ricaços que as paparicam com presentes, possuem carros luxuosos e propriedades – declarados ou não. Ganhar duzentos reais por programa para fazer viagens no exterior não parece nada mal. Será que todas as prostitutas vivem essa realidade? Não.É uma minoria. Aliás, nem ouse chamar essas profissionais do sexo de “prostituta” pois elas se ofendem: são garotas de programa ou acompanhantes/escorts. P-u-t-a: mesmo é prisioneira, pobre, estuprada, espancada, cuspida, drogada, marginalizada e degradada moralmente. E são invisíveis para nós. Na situação atual, apenas o rufianismo e o tráfico são proibidos, enquanto o ato de se prostituir e de consumir a prostituição não constituem violação. E enquanto as coisas continuarem assim, sempre haverá alguém disposto a pagar pelo serviço. Iara Proensa

Um comentário:

  1. OK! Iara muito bom texto,espero que as palavras tenham sido tuas, caso contrario deve colocar as fontes.

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