sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Réquiem para um sonho

Existem muitos filmes que retratam a decadência de usuários de drogas que vão sendo consumidos, pouco a pouco, pelos seus incontroláveis vícios, entretanto, nenhum deles pode ser comparado a Réquiem Para um Sonho. Abusando da crítica aos padrões sociais, o famoso sonho americano, e o péssimo sistema de saúde público do país, Darren Aronofsky faz jus ao nome de sua película e traduz de forma perturbadora a prece mortal dos sonhos de seus protagonistas.Réquiem Para um Sonho por trás de sua “simples” trama xplora de forma simbólica, perturbadora e inesquecível tudo o que retrata. Esqueça qualquer filme do gênero,quebra todos os paradigmas estabelecidos. E se o poder incontestável (e doloroso) da película pudesse servir como parâmetro para viciados em drogas, por exemplo, com certeza os fariam refletir o que fazem com suas vidas, porque sem qualquer sombra de dúvidas, o restante de nós ficará conturbado por um bom tempo por esta obra-prima magnífica. Eu tenho que admitir, não é o tipo de filme que faz você querer pular ou ficar feliz.Mas é um filme sobre o que tá lá fora, aquilo que muitas pessoas fingem não ver todos os dias. São pessoas ricas ou pobres, que se perdem por esse mundo do vício. E não só o vício daquelas drogas que consideramos ruins, mas também por aquelas que ninguém consegue notar. O trabalho, a internet, o sexo, a televisão, a comida (ou falta dela). A vida, definitivamente, não é um sonho.

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